Espinosa

Espinosa
Bandeira de Espinosa

segunda-feira, 6 de junho de 2011

História



Nossa história tem início no limiar do século XVI, quando o espanhol Francisco Bruza Espinosa, vindo do Peru, fixou residência no Brasil, no estado da Bahia.
Em 1553 recebeu ordens do então governador geral, Duarte da Costa, para comandar uma grande “Entrada”, com a finalidade de explorar o sertão, a fim de descobrir riquezas auríferas e pedras preciosas.
Em 1554 partiu de Porto Seguro dirigindo uma expedição de exploração composta de doze homens cristãos, práticos da terra, de muitos indígenas conversos, bem armados e do jesuíta Aspilcueta Navarro, a quem se deve uma notícia da viagem. Embrenharam-se os expedicionários em regiões nunca visitadas, através das florestas virgens, subindo o curso dos rios e afrontando a hostilidade dos Tapuias.
Cumprindo ordens dos superiores mandatários da Colônia, a expedição de Espinosa e Navarro atravessou a Bacia do Jequitinhonha, alcançando as cabeceiras do rio Pardo, encontrando o rio das Velhas, o grande rio São Francisco e seus afluentes. Aportou em muitos lugares do extremo norte de Minas Gerais, na divisa com a Bahia.
Bruza Espinosa, em companhia de seus comandados, percorreu o vale do Mucurí até a região do atual município de Teófilo Otoni, galgou a Serra Geral no atual município de Rio Pardo de Minas, ora fraldeando ou transpondo a referida serra, sempre encontrando tribos indígenas pertencentes à grande nação Tapuia. Estes viviam em lutas frequentes e deram muito trabalho aos entradistas.
Francisco Bruza de Espinosa e seus audaciosos companheiros tiveram a glória de desbravar o sertão mineiro, até então ignorado e desconhecido nos tempos do Brasil - Colônia.
Muitos anos depois, por volta de 1690, surgiu a obra pioneira de colonização, iniciada pelo Regente de São Francisco, o Mestre-de-Campo Antônio Guedes de Brito, que contava com mais de 200 homens armados.
Guedes de Brito se estabeleceu na Serra Geral, hoje município de Jacaraci, no Estado da Bahia, muito próximo ao antigo Lençóis do Rio Verde, a primeira denominação de Espinosa. O nome se explica pela quantidade de garças que se aglomeravam quando as lavadeiras punham os lençóis para corar. Ficou identificado o lugar como Vargem dos Lençóis. O primitivo povoado de Lençóis foi formado à beira de um rio e em torno de uma capela, concluída em 1846. Tendo passado por sucessivas reformas e ampliações, tornou-se mais tarde a Matriz de São Sebastião, o padroeiro de Espinosa.
Em 2 de julho de 1859 foi criado o distrito de Paz de Lençóis, pertencente ao município e comarca de Rio Pardo. Em 30 de julho de 1868 Lençóis foi incorporado à Freguesia de Nossa Senhora das Graças do Tremendal. Pelo artigo 11 da Lei Provincial nº 1063, de 16 de setembro de 1870, o Distrito de Lençóis passou a ser Freguesia do Tremendal.
A Lei nº 843, de 07 de setembro de 1923, criou o município desmembrado de Monte Azul (antigo Tremendal) e, pela mesma lei, São Sebastião dos Lençóis recebeu o topônimo de Espinosa, em homenagem ao grande desbravador Francisco Bruza Espinosa.
Constam de Espinosa os distritos de São Sebastião dos Lençóis, Santo Antônio de Mamonas e Santa Rita.
O distrito de Santa Rita passou a denominar-se Itamirim. Posteriormente, Santo Antônio de Mamonas passou a denominar-se apenas Mamonas.
Em 09 de março de 1924 foi instalado oficialmente o município de Espinosa, cumprindo a Lei nº 843, de 07 de setembro de 1923. Foi elevada a cidade pela Lei Estadual nº 885, de 27 de janeiro de 1925, no governo do Dr. Raul Soares Moura.

(Fonte: Biblioteca Municipal de Espinosa)





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